A Província Portuguesa do Instituto das Irmãs de Santa Doroteia (PPIISD) desenvolve a sua atividade, sobretudo educativa, procurando “um crescimento integral da pessoa através da Educação Evangelizadora”. Para isso, entende que o modo de ser do educador passa por ser uma pessoa inteira (modo de ver a vida), uma pessoa comunitária (modo de relacionar- se) e uma pessoa dom (modo de agir).
Ora, o crescimento integral pressupõe o Cuidado integral, como cultura que deve nortear todas as interações que ocorrem no âmbito da PPIISD. Isto porque crescer com os valores do Evangelho só acontece se formos capazes de cuidar de cada um dos que nos rodeiam e de nós próprios, confiantes do valor absoluto de cada um.
A violência é o maior obstáculo a uma cultura do Cuidado integral. Assim, a PPIISD reitera um compromisso que sempre assumiu: não apenas não tolerar, como ativamente prevenir e combater qualquer forma de violência física, psicológica, espiritual ou sexual.
Este compromisso materializa-se na implementação de um Serviço de Cuidado Integral (SCI) que passa por criar estruturas próprias, mas sobretudo por dar consistência a um caminho que há muito se faz na PPIISD de ver o Cuidado como algo transversal a todas as situações e pessoas com quem a PPIISD interage.
“Pela nossa vocação na Igreja somos enviadas a evangelizar através da Educação, com preferência pela juventude e pelos mais pobres. Educar, para nós, significa deixar-nos possuir pela pedagogia do Evangelho que leva o homem a descobrir que é amado por Deus, a acreditar nesse amor e a crescer como pessoa até à plenitude da maturidade em Cristo.” (Constituições – Artigo 26º)
A força deste Carisma e a coerência com ele, leva-nos a assumir o Cuidado Integral como marca transversal de todas as nossas relações nos nossos âmbitos educativos, tendo como prioridade a pessoa particularmente vulnerável, aquela que concentra em si um ou mais fatores que agravam a sua situação de vulnerabilidade, seja por idade ou por qualquer outra forma de debilidade física, psíquica, espiritual, social…
Já desde os nossos inícios que Santa Paula nos desafiava a ter uma só preferência nas nossas relações: as pessoas particularmente vulneráveis – delas dizia “nas quais, me parece amar a pura imagem de Deus sem moldura”. Na mesma linha, escolhe para nós um modo de educar: a via do coração e do amor.
Assim, queremos efetivamente cuidar todos os que tocam as nossas vidas e fazer com que se sintam amados por Deus e, com a força desse Amor, cresçam como Pessoas Inteiras, livres e protagonistas da sua própria vida.